Um jovem artista da música pop contemporânea, com mesclagens de outros gêneros musicais em seus sons, trás para nós uma percepção romântica, apaixonante, de um jeito gostoso, Feito Brigadeiro. Ângelo di Paiva, 22 anos, criado no Bairro, Jardim Teresópolis, na Cidade, Betim, estado de Minas Gerais, até seus 9 anos de idade, itinerante por algumas cidade mineiras, é um artista interessado em histórias de amor.
Ele teve sua estreia oficial em novembros de 2020, com seu EP, #BoraFechar?, contendo 6 músicas sentimentais e divertidas, está disponível nas plataformas digitais e na play list da Rádio Internacional em Português, embora ter lançado seu trabalho só no último ano, ele compõe desde os 16 anos de idade. Cantor e também ator, em sua pluralidade artística, ama se entregar ao desenvolver seus trabalhos. Em 2019, ele teve um projeto no YouTube de “musicalizar histórias de amor dos outros e daí veio a vontade de trabalhar com algo autoral”, compor para um projeto e revirar suas composições, escolhendo 5 músicas e sua mãe escolheu a 6ª, pois queria a opinião dela.
Seu EP tem influências de diversos gêneros, Pop-Rock, que é bastante mineiro, nas canções arroba e Feito Brigadeiro, tem o estilo MPB na música, Você é o amor da minha vida e Fico pra Vida, também tem uma música urbana, somada ao clima do Havaí, e um Funk com uma levada de 150 Batidas por Minutos – BPM, “um dos estilos de funk que mais gosto é originalmente fluminense” ponderou Ângelo.
O lançamento mais recente do artista, 12 de janeiro de 2021, é a música Faz Gostoso Comigo, que, na letra, ele fala de uma conversa de despedida, o fim de uma relação, o último momento de um casal. De acordo com ele, agora, irá focar mais no Pop-Brasil, com músicas mais dançantes e animadas, como “Tudo Que Eu Quero”, uma de suas músicas de trabalho. Ainda de acordo com ele, seu trabalho, até aqui, é realizado 100% independente e que trabalha propriamente para financiá-lo, investindo em si, somando a música às suas vivências como ator, no que diz que já são 8 anos nesta arte.
Conversamos um pouco mais com Ângelo di Paiva sobre sua trajetória artística como ator e cantor;
RWIP – Você um artista itinerante ou reside e seu trabalho concentra em Betim?
Ângelo – Na verdade eu só me mudo muito, mas, não só em função da arte. Eu já morei em São Joaquim de Bicas, em alguns bairros de Betim, e em São João Del-rei, fui pra lá pra fazer faculdade de teatro mesmo, mas acabei me formando como ator em Belo Horizonte, Capital Mineira, em 2018.
RWIP – O que te leva a inspiração e o que conduz você a compor?
Ângelo – Eu nunca soube de fato. Mas eu acho que, igualmente tem gente que escreve, eu faço música. É muito intuitivo. Mas, todas as composições partem de situações da vida, que eu vivo, observo e que me contam… Às vezes somo histórias pra dar uma música. Sei dizer que é intuitivo. Flui muito natural. Meu pai compunha pra mim quando eu era criança, e acho que vem daí, de ouvir, “eu fiz uma música” sabe? Acabei querendo fazer também. É uma possibilidade, né?
RWIP – O que você preza mais ao compor e o que você evita deixar influenciar suas letras nos momentos de inspirações?
Ângelo – Não tem algo que eu preze, mas depois de compor eu tento decidir se é uma boa música ou não, eu crítico o trabalho e vejo se realmente gosto ou não. Algo que eu evito no sentido influência é a emoção, eu não gosto de compor quando tô muito triste ou muito feliz, por que geralmente isso faz eu perder a mão, por isso eu componho em momentos aleatórios, que eu tô estável, distraído, as vezes componho na rua, andando, e chego em casa e passo pro violão… Mas se eu ficar triste eu tenho uma tendência a pegar o violão e aí me controlo pra n começar a escrever por que sei q m vou gostar do que virá no final
RWIP – Quais suas influências musicais, e em quem você se inspira?
Ângelo – Eu gosto muito de música de massa, e gosto de música que fala de amor. Embora eu não cante sertanejo, a minha letra sofre muita influência do jeito mais “rasgado” de falar, é menor poética, sabe? Pra mim, o maior letrista do Brasil é o Caetano Veloso… Então eu vejo que o Sertanejo, MPB, influenciam muito como escrevo, mas, também acho que o Axé o Funk; são os gêneros que mais escuto. No geral, esses 4. Funk mesmo eu nunca pensei em compor, mas, de tanto ouvir, surgiu à necessidade de reproduzir, e tenho gostado dos que tenho feito, já tenho um, e tô produzindo um próximo.
RWIP – Sobre o que toca atualmente, qual o seu ponto de vista, inclusive nas letras?
Eu acho que geral tá sofrendo demais, mas ao mesmo tempo, tem uma coisa legal em gêneros fortes tipo o Sertanejo, Pisadinha, Brega, que é uma letra triste e uma melodia animada, aí eu acho legal porque o ouvinte sofre, mas também se diverte, sabe? Por outro lado, fora da música de massa, tem uma onda de composições bem poéticas e aí eu gosto, mas não consumo tanto.
Já o funk, eu acho que tá no melhor momento, porque ele conseguiu espaços ótimos ao longo desses anos, e chegou a grandes festivais, o Funk Mineiro tem espaço na cena nacional, coisa que antes era Rio de Janeiro e São Paulo, somente, ele tem se agregado a outros gêneros. Eu vejo assim, um cenário muito plural, mas com uma certeza: a música está divertida, nos chats por aí, a predominância é das “farofas”, de músicas dançantes e animadas.
RWIP – Como ator, quais trabalhos você tem realizado?
Ângelo – Tô parado, por conta da pandemia também. Ano passado gravei o piloto de uma série chamada “Bola na Rede”/”As Boleiras”, que é sobre futebol feminino, mas, o trabalho tá em pós produção desse episódio, espero que volte a ser gravado daqui algum tempo, com segurança.
Comecei na Trupe Alma Dell’Art, em Betim, aos 15 anos de idade. Participei de 2 festivais de arte na cidade, I Vira Cultura e Festival de Arte Espírita. Depois fui me formar e atuar em Belo Horizonte, onde fiz peças de Nelson Rodrigues e também fiz a série, Sou Amor, exibida na Rede Minas em 2018.
RWIP – Como você ficou conhecendo o projeto da Rádio Internacional em Português, e qual mensagem você, com seu trabalho tem a deixar para nossos ouvinte e seguidores?
Ângelo – Eu estava buscando sobre música em língua portuguesa, pra saber o que tem rolado fora da bolha comercial. Aí esbarrei na rádio, uma primeira vez, e vi que a Val Alves participava, a gente se conhece desde 2014 quando participamos juntos de um coletivo cultural, pro I Vira Cultura acontecer.
Nessas primeiras canções, do EP “#BoraFechar?” A mensagem é que, amar não é tão difícil quanto dizem, não tem que ser sofrido, tem que ser algo leve, divertido e aí, como qualquer situação na vida, pode ser eventualmente melancólico.
Pessoalmente, eu quero dizer pras pessoas, seguidoras e ouvintes da Rádio, que, mesmo com muitos “poréns”, dá pra tentar realizar suas vontades mesmo que elas pareçam distantes; Quando eu comecei a pensar em gravar meu primeiro projeto, eu tinha 10 reais na conta, e aí coube esforço, apoio familiar e dedicação em aprender né? Fui trabalhar como animador de festa, como professor de teatro e juntei a maior parte dos salários pra conseguir gravar, e aí acaba sendo muito satisfatório, então assim, se você quer fazer: dá pra fazer; pode demorar mais tempo, pode ser complicado, mas em algum momento rola.
Ótimo esse momento com Ângelo di Paiva, conhecer um pouco do seu trabalho e sua trajetória artística, uma linda história. Toda equipe da Rádio Internacional em Português, lhe deseja sucesso em sua carreira, e agradece por você compartilhar um pouco de sua experiência, com a Rádio que Fala a Língua dos Povos. Conheçam o trabalho do artista aqui na Rádio ou no link em uma das plataformas digitais, https://1som.co/TacaStreamAngeloDiPaiva
Por Luiz Nascimento