POVO MANSONKA
Etnia
Povo Mansonka é um povo de origem Egípcia que dotou a cultura de povo Judeu. É a tribo da maior unidade social intermediária de África Guiné Bissau.
Povo Mansonka tem 12 tribos chamado NKOM. Cada tribo (NKOM) é formada mais ou menos por um grupo de 12.000 pessoas.
A língua nasceu no deserto de Sarra vale do rio Nilo (Egipto).
É o ramo da língua Songai que abrange diferentes línguas africanas com mais de 3 milhões de falantes presente na Argélia, Benim, Burkina Faso, Mali, Níger, Nigéria e Guiné-Bissau.
MANSONKA NO EGIPTO
Desde 5000 a.C., o Povo Mansonka vivia em Egipto em um só Clã chamada KONANTE. Em 2400 a.C. o império Egipto foi abalado por uma série de revoltas lideradas pelos administradores de províncias com o objectivo de enfraquecer a autoridade do Faraó. Aí o poder de Faraó declinou, a sociedade egípcia desorganizou-se e viveu um período de distúrbio e guerra civil. Foi nesse âmbito que os Konantes refugiaram para Gana.
EM GANA
Quando chegaram em Gana, os Ganses obrigavam os Konantes a pagar os tributos ao Faraó em forma de ouro, escravos, alimentos, artesanato etc. Nesse época é que existiu o rei mais famoso, chamado Absut Hakent.
Em 1072, um grupo de muçulmanos do noroeste da África chamado almoravidas, assumiu o controlo de Kumbi o capital de Gana forçando toda aquele povo convertendo para islã.
Em 1203, os vários povos de Gana incluindo Povo Mansonka que viviam sob domínio de almoravidas, começaram a se refugiar para outra região. Aí o povo Konante seguiu-se para Mali.
EM MALI
Em 1225, Konantes chegaram em Mali.
Em 1235, Sundiata Keita fundou o império de Mali e foi o mais poderoso do Saara Ocidental durante muitos anos, expandindo a língua Mandinga, as leis e costumes do povo.
Apos o ano de guerra entre os Soninkes de Gana, os almoravidas no séc. XI e com Sossos no séc. XII, os Mandingas adoptaram Islamismo. Passaram a dominar vários povos incluindo os Konantes.
Com o processo de islamização pelos Mandingas, os Konantes recusaram a se converter para islã, a partir daí, passaram a ser chamados MANSONKAS que significa na língua Mandinga RECUZADORES. Um ano depois, começou um grande perseguição contra os Mansonkas obrigando-os para aderirem ao islão. A partir daí, refugiram para Gabu, leste de Guiné-Bissau.
EM GABÚ (GUINÉ-BISSAU)
Em 1343, Povo Mansonka, pisaram pela primeira vez o solo Gabu, leste de Guiné – Bissau.
Em 1540, com inicio de império de Gabu, mudaram para centro da Guiné-Bissau e fundaram uma aldeia chamado Nsua (Mansoa) o atual capital de povo Mansonka.
Foi em Mansoa que o povo Mansonka dividiu-se em dois clãs que são:
Mansonkas Grandes: Que adotaram a cultura Mandinga porque são vizinhos do povo Mandingas;
Mansonkas Pequenos: Que adotaram a cultura dos Balantas porque são vizinhos do povo Balanta.
RAMIFICAÇÃO
Mansonkas de Kubuntche
CASAMENTO:
O Povo Mansonka praticava-se a poligamia. Um homem pode casar-se com várias mulheres se consegue sustentá-las. Também é comum um homem ter apenas uma mulher embora houvesse exceções. A idade prevista na lei para casar, é 25 anos para rapazes e 16 anos para meninas. É por causa disso que o casamento não é combinado pelos dois, mas é combinado pelos pais de moço e pais da moça. No tempo antigo, os casamentos geralmente ocorriam no mesmo clã, era proibido com pessoas de outa raça (etnia) ou nação que não tem a cultura idêntica. Quando os pais fizeram contrato de casamento, o moço e a moça, cada qual continua viver na casa paterna. Os pais do moço iam sempre na casa do pai da moça com um presente (vinho). Os pais do moço leva o vinho na casa do pai da moça quatro vezes a seguir. A quarta vez será o dia que os pais da moça vão declarar aos pais do moço a VERDADE se eles aceitaram que a filha deles se case com o moço. Se os pais da moça concordaram, todos os presentes que os pais da moça trazerem serão consumido dentro da aldeia. E se os pais da moça não concordaram com o casamento, fazem uma declaração aos pais do moço que não preciso trazer mais presente.
Este período de 4 dias, chama-se na língua Mansonka “GDJI” que significa “INQUÉRITO”. O período em que os presentes passaram a ser consumido dentro de aldeia, chama-se “GLASSE” que significa “PROCURA”.
Quando chegou o ano de casamento, o pai da moça recebia uma dote em dinheiro este dote chama-se “NONGONGHU” significa “DOTE” que é o preço da moça. As vezes essa soma é substituído pelo trabalho do noivo. O NONGONGHU (DOTE) é dado ao irmão do pai da noiva se o pai biológico da moça faleceu.
REALIZAÇÃO DE CASAMENTO :
O casamento se realizava quando o noivo está preparado. No dia de casamento, as colegas de noivo dirigiam-se para a casa de noiva que desconhece o dia de casamento. Os enviados se arrebatam a noiva saindo correndo com ela para a sua nova casa onde vão se realizar banquete de casamento. Depois que a noiva foi conduzida até na casa do esposo, será entregada aos pais do noivo que têm responsabilidade de levá-la de novo para a casa do seu pai. Quando eles chegaram, a noiva será entregue ao seu pai para consagra-la e dar algumas exortações (conselhos) a ela.
Quando o pai terminou a cerimónia, a mãe se coloca o véu na cabeça e um pano amarrada de peito até aos pés rumo para a sua nova casa. Durante a cerimónia de casamento, a noiva e o pai de noivo não deve calçar sapatos. Quando chegaram na portam da casa, vão ficar de pé esperando uma mulher já casada para colocar uma vara que todos eles vão atravessar. De acordo com o costume de cada clã, a noiva é sarada dentro da casa sagrada durante 4 dias ou 8 dias. Depois desse dias, é levado para morar junto com o seu marido.
Nos tempos antigos, o marido podia divorciar-se de sua esposa. A esposa porém, não tinha esse direito, mas nos dias de hoje as esposas podem divorciar-se sem problema.
Pela radio que fala a língua dos povos.