15 dias depois do enterro do músico Nagrelha, o que se dizer?
Há duas semanas os angolanos assistiram ao enterro daquele que é provavelmente o Kudurista com mais fãs no país. Nagrelha terminava os shows quando quisesse. Convidado a um espectáculo musical, era dos últimos a cantar para não se correr o risco de o concerto acabar mais cedo.
Para o enterro do Nagrelha foram necessários agentes da polícia, num universo de mais de 800 policiais para a cobertura do cortejo fúnebre, para além de toda “máquina” ligada à imprensa, com coberturas em tempo real nas duas principais de TVs angolana (TPA e TV Zimbo). Não bastou, a polícia, face a o tumulto instalado pela população que se dirigia ao cemitério da Santa Ana, sito numa das vias principais da capital de Luanda, teve que dispersar a população com gás lacrimogéneo. Um jovem morreu, mais de 30 pessoas ficaram feridas, e a polícia realizou mais de 10 detenções.
Não é àtoa que passou a ser conhecido como «Estado Maior», era realmente o cantor de “multidões”. Os grandes sucessos musicais do cantor se encontram espalhados nas plataformas digitais, dentre os quais se destacam o «Comboio», «Quatro» e «Provou e Gostou».
Nagrelha conduzia o grupo «Lambas», um grupo de Kuduro que nasceu no Sambizanga. Gelson Caio Manuel Mendes morreu no dia 18 de, na cidade de Luanda, aos 36 anos vítima de cancro no pulmão.
Por: David Naheda –
Fonte: foto imagem ilustrativa / internet pagina site memeiros.
