A terça-feira (02), de fevereiro deste ano, ficou marcada negativamente à cultura portuguesa, com a notícia inesperada do falecimento da conceituada atriz Cecília Guimarães. À atriz perdeu a vida aos 93 anos, vitima da Covid-19, deixando a dramatologia portuguesa em luto. Vale salientar que a interprete do filme “Primo Basílio” estava internada há dias, recebendo cuidados intensivos no hospital Santa Maria, em Lisboa.

Cecília foi uma das primeiras atrizes a interpretar várias peças de teatro e atuar na televisão. Durante 70 anos de carreira, dedicou-se à arte e cultura portuguesa, onde se destacou no cinema com o filme, “Francisca” e o “Princípio da Incerteza”, de Manoel de Oliveira, e à sua participação foi notória na televisão através da novela “Única Mulher”, “Harpa de Ervas, de Truman Capote” e na comédia “Milionários à Força”, está que é recente.

 

A atriz nasceu em Lisboa, Portugal, em 28 de maio de 1927. Fez um curso no Conservatório Nacional, encarando pela primeira vez o palco em 1951, no teatro da rua da fé, para encenar a peça “A qualquer hora o diabo vem” de Pedro Bom, dois anos depois, em 1953, estreou-se como profissional, interpretando na peça “Duas Causas” de Ramada Curto no espaço companhia Alves dá Cunha.

Em vida contribuiu de forma significativa para o crescimento da cultura em seu país, tendo passado pela companhia Alves dá Cunha, pelo Teatro Experimental do Porto, Teatro Experimental de Cascais, Teatro de Almada, Teatro Gerifalto, Teatro Braga, entre outros teatros na Capital. Foram sete décadas dedicadas à arte, deixando uma herança imensurável à dramaturgia.

 

No cinema participou de vários filmes, a lista não é pequena, por isso citaremos alguns de seus trabalhos, tais como;

As horas de Maria, em 1979. Francisca em 1981. O lugar do morto em 1984, entre outros.

E na televisão fez várias telenovelas, como; Cluedo em 1995, Filhos do Vento em 1997, entre outros telefilmes e séries, além da indicação como melhor atriz, no filme primo Basílio, pelo Secretário Nacional de Informação (SNI).

 

Seu contributo á arte é sem dúvida algo que merece ser lembrado e reverenciado, como motivo de inspiração na concepção humana e artística. Uma partícula física se foi, más ficou sua história, exemplo e a experiência que faz parte de um corpo chamado arte.

Fotos: https://m.facebook.com/ceciliaguimaraesactriz/photos/?ref=page_internal&mt_nav=0

Matilde Cossa

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