*Praias, TV e guerras e eleições no meu país*

Mais festas, mais praias, multiplicam-se os vícios pois o medo da pandemia desapareceu com a guerra da Ucrânia. As guerras entre os países e disputas de terra entre os povos sempre existiram em África ou não? E a verdade é esta: a cobertura da mídia nem sempre é a mesma para todos os conflitos.
Incrível é que nenhuma televisão pública angolana tem pelo menos um correspondente em Moçambique (nunca vimos um directo em Cabo Delgado, mas já vimos a partir de Washington na TPA, a Televisão Pública do meu país).
Vejamos o que o antigo Ministro da Comunicação Social, João Melo, escreveu no Jornal de Angola há pouco mais de um ano: «Repugna-me observar, neste momento, os jornalistas ocidentais a acusarem as autoridades moçambicanas de sempre terem olhado com suposta indiferença para os acontecimentos que há mais de três anos começaram a germinar naquela região. A verdade é que, para a imprensa mundial, Cabo Delgado sempre foi apenas uma nota de rodapé. Isso inclui também, diga-se, a própria imprensa africana (https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/o-que-se-passa-em-cabo-delgado/).»
A televisão escolhe o que vamos consumir, quem produz um vídeo sabe o que priorizou. Lança-se o convite para um debate ou análise sem contraditório? O que se aprende nas academias afinal?… Como quem suscita indecências, sabe que no final quer “vender e fazer dinheiro”, só vender importa, só o interesse privado importa, sem se importar com aqueles que se viciam com pornografias…

Mais uma vzs reitero: temos o televisor e o comando nas mãos — Para bloquear e equilibrar quando o telejornal começa às vinte ou na rua a toda hora e tempo, entre becos, álcool e nudez.

Por David Naheda / Angola. David Nahenda, jovem angolanos, pesquisador de comunicação com interesses em problemas sociais. Redator voluntário coopera com1 post mensal na RIEP.

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